O Peru diante dos desafios do financiamento intragrupo e dos Preços de Transferência

junho 23, 2025

Contexto internacional e relevância local

Em um mundo marcado por políticas neomercantilistas e pela implementação do projeto BEPS 2.0 da OCDE, as autoridades fiscais intensificam o escrutínio das operações intragrupo, tanto de empréstimos quanto de royalties e juros. Nesse sentido, os grupos multinacionais devem demonstrar substância econômica real, funcionalidade de tesouraria e taxas acordadas com base no mercado.

Neo-mercantilismo e pressão regulatória

As políticas que favorecem a proteção das indústrias nacionais e buscam proteger as bases tributárias redefiniram o panorama, levando os países a questionar as estruturas de financiamento corporativo que utilizam jurisdições com baixa carga tributária. Consequentemente, a legitimidade dos empréstimos entre coligadas é agora avaliada não apenas pela eficiência fiscal, mas também pela função econômica real por trás de cada transação.

BEPS 2.0 redefine padrões de planejamento financeiro

O pilar 1 realoca os direitos de tributação de acordo com o mercado consumidor, enquanto o pilar 2 impõe um imposto mínimo global de 15%, reduzindo a rentabilidade dos centros de tesouraria com impostos baixos. Essas transformações obrigam as empresas no Peru a revisar e atualizar suas políticas de empréstimos intragrupo, cash pooling, estruturas de propriedade intelectual e seguros cativos.

Documentação rigorosa e sustentação econômica

Sem uma documentação sólida, as empresas correm o risco de sofrer ajustes fiscais, sanções ou dupla tributação. Diante disso, as autoridades exigem:

  • Análises funcionais detalhadas;
  • Comparativos de mercado para determinar taxas de juros;
  • Registro de decisões sobre alocação de capital;
  • Evidência da capacidade de gestão de riscos por parte das entidades de tesouraria.

Implicações para as empresas no Peru

  • Revisar e fundamentar cada função desempenhada pela sua estrutura de tesouraria.
  • Atualizar acordos intragrupo, refletindo decisões reais e alinhadas com as práticas do mercado.
  • Implementar benchmarking para respaldar taxas de juros e gestão de riscos.
  • Simular possíveis resultados fiscais considerando impactos futuros do imposto mínimo global.

Call to action

Na TPC Group, temos experiência comprovada em consultoria tributária internacional. Nós ajudamos você a:

  • Realizar uma revisão integral de suas estruturas intragrupo.
  • Documentar funções, riscos e ativos com solidez técnica.
  • Adaptar suas práticas à BEPS 2.0 e aos marcos regulatórios neomercantilistas.
  • Evitar contingências fiscais e fortalecer sua defesa em auditorias.

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Fonte: LSEG

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