Segundo a Comissão Econômica da América Latina e o Caribe (CEALC), México e Brasil têm liderado o caminho nas indústrias manufatureiras nos últimos anos, especialmente no setor automotivo.
Como se conhece, desde 2022, o Brasil aderiu à OCDE e, portanto, deve implementar os padrões dos Preços de Transferência da OCDE, assim como a aplicação do princípio do Comprimento do Braço a partir de 2023, o qual durante este ano será opcional para os contribuintes, enquanto por 2024 a sua aplicação será obrigatória.
Benefícios para o setor automotivo
Segundo a CEALC, México e Brasil nos últimos anos lideraram as indústrias manufatureiras, especialmente no setor automotivo, com ambos os países estando entre os 10 primeiros países em produção mundial de veículos, com o México tendo uma certa vantagem sobre o Brasil na produção, conforme a Associação Mexicana da Indústria Automotiva.
Assim, a nova implementação dos Preços de Transferência da OCDE no Brasil poderia beneficiar o México, já que o Brasil, ao substituir a sua política dos Preços de Transferência que se baseava em estabelecer margens fixas nas operações intercompanhias por uma que determina as contraprestações como fazem os terceiros independentes, pode intervir na cadeia de valor de vários grupos de empresas multinacionais que operam no Brasil e nas indústrias que operam no México, cujo concorrente direto é o Brasil, gerando maior produção industrial para o México e, por sua vez, crescimento econômico.
Fonte: El Universal 10/07/23