A recente imposição de tarifas pelos EUA criou um ambiente desafiador para o setor de consumo. Essas medidas, anunciadas durante o chamado “Dia da Liberação”, incluem uma tarifa de 10% sobre todas as importações e tarifas adicionais específicas por país: 34% sobre a China, 32% sobre Taiwan, 46% sobre o Vietnã e 20% sobre a União Europeia. Essas ações têm como objetivo combater supostas barreiras não tarifárias e práticas comerciais injustas que os EUA identificaram nesses países. No entanto, e como consequência, as principais variáveis macroeconômicas têm se mostrado pouco promissoras no curto e médio prazo, chegando a apresentar sinais de declínio.
Setores e empresas afetados
As empresas com alta dependência do mercado norte-americano e que importam produtos ou matérias-primas de países afetados por tarifas enfrentam uma perspectiva mais complicada. Por exemplo, o setor de calçados e roupas esportivas, com empresas como Nike, Lululemon ou On Holding, pode sofrer aumentos de custos devido à produção em países como China, Vietnã e Sudeste Asiático. Isso poderia se traduzir em aumentos de custos e, em última instância, em aumentos de preços para os consumidores.
Além disso, o setor de bebidas alcoólicas, representado por empresas como Remy Cointreau e Pernod Ricard, pode ver suas exportações para os EUA afetadas, tanto em termos de margens de lucro quanto de competitividade no mercado americano.
Perspectiva econômica
Essas medidas tarifárias podem levar a um cenário de inflação mais alta e crescimento econômico mais lento, principalmente em economias como a dos EUA e a da UE, que podem crescer abaixo de 1%, aumentando o risco de recessão. Além disso, a incerteza gerada também pode afetar a confiança do consumidor, reduzindo os gastos e afetando negativamente o setor de consumo.
Oportunidades para investidores
Apesar dos desafios, há oportunidades para os investidores que sabem como se adaptar a esse novo ambiente. As empresas com cadeias de suprimentos diversificadas ou produção localizada em mercados menos afetados pelas tarifas podem obter vantagens competitivas.
Além disso, setores menos expostos a tensões comerciais, como tecnologia ou serviços, podem oferecer oportunidades de investimento atraentes nesse contexto. O consumo defensivo é destacado como outra área mais resiliente, pois inclui empresas que produzem produtos de necessidade diária, como alimentos e produtos para a saúde. Esses tipos de empresas têm um histórico de crescimento estável e são menos sensíveis às flutuações macroeconômicas e comerciais.
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Fonte: Renta4Banco