Novas directrizes da OCDE para a erosão da base tributária
Aplicação das regras do segundo pilar
Em junho de 2024, a OCDE publicou novas directrizes administrativas para as regras globais de combate à erosão da base tributária, conhecidas como segundo pilar. Estas directrizes visam uniformizar a aplicação das regras para garantir que as multinacionais pagam um montante mínimo de impostos em todos os países onde operam, combatendo a evasão fiscal e promovendo a equidade.
Objectivos e âmbito de aplicação das orientações
O principal objetivo das presentes orientações consiste em estabelecer um quadro coerente e transparente para a imposição de um imposto mínimo global. Este imposto mínimo garante que as multinacionais não podem evitar as suas obrigações fiscais transferindo os seus lucros para jurisdições com impostos baixos ou nulos.
Requisitos para as empresas multinacionais
As empresas multinacionais são obrigadas a ajustar as suas políticas fiscais e contabilísticas para cumprirem as novas normas. As directrizes especificam os procedimentos de declaração e cálculo do imposto mínimo global, que se aplicará aos rendimentos gerados em todas as jurisdições em que estas empresas operam.
Impacto na economia mundial
Prevê-se que as directrizes da OCDE tenham um impacto significativo na economia mundial. Reduzirão as práticas de evasão fiscal, aumentarão a transparência e promoverão uma concorrência mais justa entre as empresas. Os países membros da OCDE terão de adaptar a sua legislação nacional para alinhar os seus sistemas fiscais com estas novas normas.
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Desafios e oportunidades
Embora a aplicação destas directrizes apresente desafios, também oferece oportunidades para reforçar os sistemas fiscais nacionais e promover a equidade fiscal a nível mundial. As empresas terão de investir recursos para se adaptarem a estas alterações, mas, a longo prazo, tal poderá resultar num ambiente fiscal mais estável e previsível.
Conclusão
As novas directrizes da OCDE representam um passo significativo no sentido da equidade fiscal a nível mundial, promovendo a concorrência leal e combatendo a erosão da base tributária. Este esforço coordenado a nível internacional ajudará a garantir que as empresas contribuem de forma justa para as economias em que operam, beneficiando todos os países envolvidos.