Como aplicar a IAS 7 na Bolívia?

janeiro 11, 2021

Estrutura regulatória na implementação da IAS 7

A Bolívia está em processo de convergência através da implementação das Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF) emitidas pelo International Accounting Standards Board a fim de preparar informações financeiras com propósitos gerais para seguir a tendência mundial e a dinâmica global dos negócios.

Assim, devido a seu processo de convergência, o CTNAC (Consejo Técnico Nacional de Auditoría y Contabilidad – Conselho Técnico Nacional de Auditoria e Contabilidade) estabeleceu o marco normativo técnico através da Resolução No. 01/2012 de 7 de novembro de 2012, que mantém em vigor as catorze (14) Normas Contábeis Geralmente Aceitas para a Bolívia, emitidas pelo CTNAC do CAUB (Colegio de Auditores o Contadores públicos de Bolívia – Sociedade de Auditores ou Contadores Públicos da Bolívia) e que implementam as NIIF como normas suplementares ou complementares a serem aplicadas na ausência de pronunciamentos técnicos específicos do país ou regulamentações locais sobre determinados assuntos.

A este respeito, a Norma Contábil No. 11 (NC No. 11) sobre Informações Essenciais Requeridas para uma Apresentação Adequada de Demonstrações Financeiras requer que as empresas apresentem um conjunto completo de demonstrações financeiras, incluindo a demonstração dos fluxos de caixa, na qual se estabelece a definição da demonstração dos fluxos de caixa:

É uma demonstração financeira dinâmica básica que apresenta o fluxo de caixa (reembolsos e desembolsos) de caixa e equivalentes de caixa, ou mudanças nos recursos da entidade a partir de atividades operacionais e de investimento.

Entretanto, esta norma não estabelece o processo de demonstração do fluxo de caixa. Portanto, as NIIF são substancialmente implementadas devido a pronunciamentos técnicos contábeis insuficientes nas normas contábeis atuais, aplicando a IAS 7 para preparar e apresentar a demonstração de fluxo de caixa.

A Norma Internacional de Contabilidade nº 7 (IAS 7) requer o fornecimento de informações sobre mudanças históricas no caixa e equivalentes de caixa de uma entidade através de uma demonstração de fluxo de caixa na qual os fluxos de fundos do período se classifiquem em função de se originam de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento.

O que são fluxos de caixa?

Os fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa, resultantes principalmente da produção e venda de bens e/ou serviços destinados a gerar lucros.

A IAS 7 estabelece as seguintes definições:

  • Os fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.
  • O caixa consiste tanto de caixa quanto de depósitos bancários à vista.
  • Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo, altamente líquidos, facilmente conversíveis em quantias específicas de caixa, sujeitos a um risco insignificante de mudanças de valor.

Classificação de fluxo de caixa de acordo com a IAS 7

A demonstração de fluxo de caixa informará dos fluxos de caixa durante o período, classificando-os por atividade:

  • As atividades operacionais são aquelas que constituem a principal fonte de renda da entidade, assim como outras atividades que não se podem classificar como atividades de investimento ou financiamento.
  • As atividades de investimento são aquelas de aquisição e disposição de ativos de longo prazo, assim como outros investimentos que não se incluem em equivalentes de caixa.
  • As atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e empréstimos da entidade.

Quais são as atividades operacionais?

  • Atividades.
  • Cobranças de vendas de bens e serviços.
  • Pagamentos de fornecedores.
  • Pagamentos de empregados.
  • Cobrança de royalties, comissões.
  • Pagamentos de impostos sobre lucros ou reembolsos.
  • Cobranças e pagamentos de companhias de seguros por prêmios.

Quais são as atividades de investimento?

  • Compras de ativos fixos, ativos intangíveis e outros ativos de longo prazo, representados por pagamentos em dinheiro.
  • Cobranças de vendas de ativos fixos, ativos intangíveis e outros ativos de longo prazo.
  • Pagamentos e cobranças antecipadas e empréstimos a terceiros (entidades não financeiras).
  • Pagamentos e cobranças para a aquisição e venda de investimentos.

Quais são as atividades de financiamento?

  • Aumento ou diminuição de capital.
  • Cobrança da emissão de ações ou outros instrumentos financeiros.
  • Pagamentos por aquisição ou resgate de ações.
  • Cobranças pela emissão de obrigações financeiras, empréstimos, notas promissórias, bônus, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazo.
  • Pagamentos de empréstimos.
  • Reembolsos de arrendamento financeiro.

Tipos de fluxo de caixa

  1. Método direto
    • Maiores detalhes das receitas, cobranças e pagamentos operacionais.
    • As informações são OBTIDAS a partir de relatórios contábeis.
    • As vendas ou o custo das vendas se ajustam para:
      • Alterações durante o período em estoques e contas a receber e a pagar operacionais.
      • Outras partidas não monetárias.
  2. Método indireto
    • O lucro ou prejuízo líquido é ajustado:
      • Transações sem dinheiro (por exemplo, depreciação).
      • Partidas de receita ou despesa com fluxo de caixa de investimento ou financiamento.

Qual método de fluxo de caixa utilizar?

De acordo com os regulamentos fiscais, a demonstração de fluxos de caixa deve se preparar usando o método indireto, especificamente porque o último formulário digital atualizado 605, correspondente ao APLICATIVO SIAT (Sistema Integral de Administración Tributaria – Sistema Integral de Administração Tributária) – DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA e MÓDULO DE RELATÓRIO ANUAL inclui o formato de Fluxos de Caixa no método indireto.

Portanto, a escolha do método a ser utilizado dependerá dos objetivos da entidade.

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